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Foto do escritorOÁSIS SAÚDE

O efeito da massagem infantil no vínculo afetivo entre mãe e filho (parte 3 de 3)

Atualizado: 4 de mai. de 2020


A massagem infantil tem sido um recurso cada vez mais utilizado pelos pais e mães de crianças pequenas, particularmente em casos de parto prematuro em que o bebé nasce com baixo peso e com imaturidade respiratória. Com efeito, alguns autores relataram nos seus trabalhos de investigação que a massagem influencia positivamente a interação mãe-filho, ajudando na regulação do sono e do ritmo respiratório do bebé, no ganho de peso e na redução das cólicas, do stress e do choro. O contacto pele com pele entre mãe e bebé contribui para melhorar o estado geral de saúde da criança, ao mesmo tempo que torna-a mais responsiva ao toque e à voz da mãe – o que acaba por facilitar a construção do vínculo materno. Note-se que os bebés não são os únicos a beneficiar dessa situação; também as mães de bebés prematuros e as mães adolescentes que sofreram de depressão pós-parto conseguem interagir melhor com os seus filhos em resultado desse contacto consciente.

A massagem infantil é uma terapia simples, barata e eficaz que pode muito bem ser utilizada como suporte ao desenvolvimento saudável da criança. É uma prática que tem vindo a ganhar crescente aceitação por trazer benefícios ao bebé e à mãe, e por poder ser utilizada autonomamente, sem supervisão permanente de um profissional. Contudo, muitas mães não sabem que podem comunicar com os seus bebés através do toque consciente; ainda predomina um pensamento injustificado de que elas podem facilmente machucar os seus filhos.

Os efeitos da massagem infantil em termos de vínculo mãe-filho e outros benefícios gerais para a saúde do bebé devem ser enfatizados. Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que trabalham em maternidades, deveriam encorajar as mães a fazer massagem nos seus filhos; incentivar a utilização da massagem será um importante contributo no sentido de melhorar a qualidade de vida dos bebés e das mães.

Ainda na maternidade, as mães são instruídas sobre a amamentação, o banho, a mudança de fralda e outras tarefas básicas dos cuidados a ter com o bebé. Todavia, há uma lacuna relativamente à massagem infantil e pouca ou nenhuma informação lhes é prestada a esse respeito. Dado que não se trata de uma competência obrigatória, muitas vezes os profissionais de saúde apenas retêm uma noção superficial sobre a importância do vínculo materno e, por não possuírem uma formação mais aprofundada na área, acabam por não estar devidamente capacitados para informar os pais acerca dos potenciais benefícios da massagem infantil nesse contexto.

As famílias que sofrem com ansiedade por não poderem tocar nos seus bebés após o nascimento, seja por questões de saúde, seja por razões de outra natureza, poderão ser tranquilizadas se perceberem que ao utilizarem a massagem regularmente é possível compensar a falta do contacto inicial com o bebé e construir um elo afetivo forte. As mães de bebés que nascem prematuramente estão sob maior risco de privação do contacto inicial com o seu filho. Por essa razão será certamente benéfico incluir a massagem infantil na rotina da recém mãe, tanto em nascimentos saudáveis como em situações de parto prematuro ou mesmo doença. Deve ter-se em mente que embora o contacto inicial seja um fator importante para o desenvolvimento do laço afetivo entre pais e filho, não é um pré-requisito indispensável.

Tal como em estudos anteriores, também no presente trabalho de investigação verificou-se que a massagem nos bebés aumenta a vinculação afetiva entre mãe e bebé. Informar e sensibilizar os pais para a importância do vínculo materno, aconselhá-los e instruí-los sobre a massagem infantil, deve fazer parte da prática comum entre os profissionais de saúde que trabalham com bebés e crianças. Ser mãe e cuidadora de um bebé é um trabalho muito importante porque as crianças de hoje serão os adultos de amanhã.

 

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